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Na manhã desta segunda-feira (16), representantes da Faculdade de Saúde Pública da USP, Fundação Oncocentro de São Paulo e Faculdade de Medicina da USP, estiveram no Posto de Saúde, Dr. Orlando Bertolli (POSTÃO), em Santo Anastácio para realizar uma pesquisa com funcionários da Saúde Municipal, assim como usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que estavam aguardando atendimento no local, sobre o câncer de mama e colo do útero.

O intuito da pesquisa, conforme a enfermeira coordenadora das ESFs, Raquel Cralcev, é obter informações sobre o conhecimento das pessoas sobre o assunto que é de suma importância, assim como sua prevenção.

“Esta pesquisa está acontecendo simultaneamente em alguns municípios selecionados do estado de São Paulo, onde há mais ou menos 15 dias, entraram contato com a secretária da Pasta, Selma Zambelli, que autorizou a ação aqui na cidade”, declarou.

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA DENOMINADA “CONTROLE DO CÂNCER NO ESTADO DE SÃO PAULO CONECTA-SP: DO CONHECIMENTO À AÇÃO”.

A incidência e a mortalidade por câncer vêm aumentando continuamente no mundo e também no estado de São Paulo, cujas taxas de incidência estão entre as mais altas no país e a doença se impõe como a segunda causa de morte.

Embora iniciativas de rastreamento de câncer do colo do útero e câncer de mama, de caráter oportunista, existam há mais de 20 anos no Brasil, as evidências mostram que tais abordagens entre as usuárias do SUS têm baixa cobertura, longos períodos entre a detecção de exame alterado e o diagnóstico e, também, para início do tratamento.

É este o enorme desafio que buscamos enfrentar com esta proposta, que tem como objetivo geral implementar, por meio de um eixo de pesquisa e ação, programas de rastreamento organizados, escaláveis e com base populacional para o câncer de colo do útero e de mama, considerando que os atuais programas de rastreamento para estas duas neoplasias não atingem os resultados esperados.

Este projeto insere-se no contexto do apelo da Organização Mundial da Saúde para eliminação do câncer do colo uterino como problema de saúde pública, propondo como meta mais próxima a redução da carga da doença em 30% até 2030, e a redução da mortalidade por câncer de mama em 2,5% ao ano até 2040.

Para atingir tais metas buscar-se-á, por meio da pesquisa de implementação aqui proposta, modificar este cenário em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, que articula as atividades junto às coordenações municipais e os níveis mais complexos de atenção à saúde.

As atividades dependem da estrita articulação com os parceiros, mediante o aporte do conhecimento e experiência nas suas respectivas áreas de competência.

A estratégia colaborativa implícita neste projeto torna os resultados almejados viáveis e plausíveis, podendo alavancar a pesquisa em câncer, lograr melhores indicadores oncológicos e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento social do estado de São Paulo.

A ampliação do rastreamento bem-sucedido destes tumores, juntamente com o diagnóstico e o tratamento permitirá ganhos imediatos com a redução da mortalidade por câncer cervical e câncer de mama no estado de São Paulo, em linha com as recomendações da Organização Mundial da Saúde.